terça-feira, 15 de março de 2011

Oi, diário.

Ai, você sempre tem aquelas palavras certeiras. Porque será? Porque será que eu sempre me encontro em você de alguma forma? Porque eu sinto tanto a sua falta? Porque eu, simplesmente, não aprendo a sentir sua falta de forma tênue? De forma que não doa tanto por saber que sempre teremos aquela ligação forte, intima e certa; mas que anda tão difícil te ver que chega a apertar o peito e marejar os olhos com palavras na boca. Porque tudo poderia ser e não é? Você poderia ser minha vizinha, minha irmã, minha qualquer coisa só pra poder te ver de perto, te abraçar quando estiver tudo indo muito mal, tudo indo muito errado, tudo muito tudo mesmo. E não há como apagar, quebrar, romper, remodelar, rearranjar, restabelecer nada. É tudo muito assim, tudo muito nosso, mesmo que qualquer dia desses eu cumpra minha promessa de deixar a minha pilha de pepinos, batatas e abacaxis por descascar e ir te ver, te abraçar e dizer que isso ainda vai te matar. Mas não por enquanto, porque eu vou aproveitar muito de você, das suas palavras, do seu jeito, do seu entendimento de mim e da forma como eu te amo desde aquele dia que a gente se reencontrou por acaso. Quer dizer, que você me encontrou, e me cuidou, me olhou, me aconselhou e me viu crescer, te encontrar, tentar te cuidar, e te olhar, pra ver o ciclo recomeçar de novo. Não porque somos dois amantes idiotas, mas sim porque sempre vai haver um ser humano insensível que vai nos perturbar, nos envolver, nos submeter à uma nova dose de apego, e depois vai embora por descobrir – depois que pensarmos ser o que realmente precisamos – que não somos realmente o que precisam. A culpa não é nossa, a culpa não é do amor. A culpa é dos humanos, dos insensíveis, como é que me disserem mesmo?, dos corações de pedra. Mas não se preocupe, na primeira queda eu vou te levantar do chão, sacudir a poeira e dizer baixinho: “eu tô aqui, diário, pra te proteger, te ajudar, e quem sabe até chorar contigo ou rolar pelo chão.” É isso mesmo. Eu tô aqui, diário, com o celular ligado, o ouvido ligado, o olho ligado, o coração com o teu ligado. Preparado pra resolver com a minha forma torta, torpe e mal arrumada aqueles seus probleminhas com duas letras, aquelas suas mágoas não tão antigas. E pronto pra qualquer parada. Pronto pra te estender a mão.

to: Ananda Ribeiro.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Expectativas

Tô fatigado, cansado, exausto, com sono, com preguiça, cheio de vontade de deitar em qualquer lugar, fechar os olhos e dormir por 24, 36, 48 horas. Quem sabe até mais, quem sabe até o mundo mudar, e parar de esperar tanto assim de mim. Pra quê expectativas? Cara, expectativa só ferra com a pessoa. Ela começa esperando que o dia seja ensolarado, mas existe 50% de chances de chover - pouco ou muito, não importa. Depois, passa a esperar que não se encontre com quem não gosta, mas ainda existe aquela velha coisa chamada probabilidade. O problema do mundo, das pessoas, dos amigos, dos amantes, o meu problema, é esperar demais. Esperar que tudo melhore, que não haja alguma parte ruim em algum momento. Que simplesmente as coisas saiam como se quer. Mas o mundo não se rende ao que eu quero, e muito menos ao que todos querem. Sabem quando uma mulher é caprichosa, misteriosa, e só faz o que dá na telha, no telhado, no peito, na mente e no coração? Então. Apresento-lhes o mundo. Não é que seja tão imponente, mandão e sedutor quanto uma mulher, mas ainda assim é caprichoso. Faz tudo mudar com uma sutileza tão enorme que ninguem para pra culpa-lo. Ninguém nunca pensa em culpar o mundo. Ou sou eu mesmo, ou é todas as outras pessoas. O mundo conspira, o universo conspira, toda e qualquer coisa conspira. Enquanto eu fico aqui, só transpirando, respirando... e esperando. Por mais que eu fale, não consigo mudar. E o problema não são as expectativas, a culpa do mundo, a conspiração do universo e tudo o mais. O problema sou eu. Não sei nem porque, mas o problema é meu. E eu tô tentando resolver. Tô tentando, esperando, expectando, mas sem desistir.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ah, e eu to aqui há tanto tempo e ainda não me acostumei com todas as falsidades do mundo. Nem acredito que uma pessoa pode ter a coragem de falar mal de alguem, e dois minutos depois está apertando a mão dessa pessoa. Falsidade é o ó. Falsidade é a pior coisa do mundo, tanto que me embarga, me embarga a garganta, os olhos e as palavras. Falsidade só demonstra falta de amor. Falta de amor próprio, falta de amor pelos outros. Falsidade é o ó. Falsidade me deprime. Na verdade, é como a mentalidade de uma pessoa pode ser tão resumida, enquanto tanta gente por aí implora pra ter um pouco mais de qualquer coisa. Falsidade é aquela coisa de voce só serve pra mim por que tem algo que me interessa, é dizer eu te amo pela frente, e apunhalar pelas costas. E neguinho ainda quer que eu seja assim? tá certo, fica me esperando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

10 de Fevereiro.

Aqui estou eu, pensando no que escrever. Cara, eu sinceramente não sei como escrever sem desabar. Talvez eu fale da minha quase briga com a minha mãe por causa do meu celular novo. Ou que hoje eu fui pra academia, troquei de treino e estou com as minhas pernas doloridas. Ou que hoje eu resolvi falar alguma coisa no meu twitter depois de um mês. Ou que as minhas aulas ainda não começaram, mas que eu comecei o inglês, e tô gostando. Que eu desisti de fazer boxe, mas que bater num saco de areia hoje seria uma solução, um remédio e uma terapia e tanto. Que eu preciso ver uns amigos, e espairecer. Eu sincera e honestamente não sei o que escrever sem desabar. Hoje é aniversário dela, porra. Hoje é aquele dia do ano que mesmo que eu me vire em setecentos mil, eu acabo me lembrando de todas as coisas que já passaram, e que mesmo não tendo nenhuma possibilidade de voltar ainda me assombram. Tem mais de mês que eu não falo com ela. Tem mais de mês que eu vou fingindo que ela não existe. Eu tô fingindo que o dia está normal. Tô fingindo que eu não lembro. Tô fingindo que não sei e que não sinto nada. Tô fingindo, pô. Acordei, escovei os dentes, me olhei no espelho e sorri. Hoje é só um dia normal. Hoje é só um dia normal. Mesmo fingindo. Repito. Pra mim e pra todo o mundo. Hoje é só um dia normal. E eu tô bem. Por incrivel que pareça, eu tô bem. E nada dói - a não ser a perna, depois da sequencia da academia, e as escadas do curso de inglês . Nada incomoda. Nada lembra. Hoje não é um dia normal. Mas eu tô fingindo e acreditando. Pra quê me machucar? Pra quê chegar ao ponto de ir chorar no travesseiro? Pra mim chega.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conclusões

E mesmo que eu esteja perdendo tempo escrevendo textos para alguém que muito possivelmente nunca vai ler, eu me sinto bem em despejar uma dose cavalar de todo o meu sentimento em palavras, tirando muito peso da minha mente. Me fazendo parecer mais leve, mais livre, mais solto. Mesmo estando pesado, preso e encarcerado na minha própria teia de sentimentos, pensamentos e adjacências. E se eu ficar muito tempo sem esvair um pouco de qualquer coisa, meu corpo reclama, minha cabeça reclama, minha mente reclama, tudo em mim reclama. Já me acostumei a dizer coisas pra ninguém, mas ainda assim dizer. E o simples fato de dizer – mesmo que pras paredes do meu quarto, pras gotas de água do chuveiro, pro verde do mar, pros pixels das minhas fotos prediletas, pras notas das músicas que eu ando ouvindo, ou pra folhas em branco – já melhora muita coisa. Já desentope. Já facilita. Já qualquer coisa. Já me faz tomar coragem e ir até onde você está. E mesmo que meia hora tenha passado, e eu não te diga pra que eu fui aí, não me questione. Estou tentando controlar, arrumar, organizar, segurar, soltar, encher, esvaziar, tentar não dizer coisas erradas em horas erradas, ou coisas certas em horas certas com tom de brincadeira e um sorriso no rosto. É que eu tenho dessas manias. Tenho desses rabugentos costumes de não dizer pra que eu fui aí logo de primeira. Logo de cara. Tenho medo de assustar. Medo de afugentar. Medo de que se eu não der voltas você vai se surpreender e pular da janela pra não responder aquela pergunta que me moveu até aí. E as outras que viriam depois da resposta da primeira. É que quando chega a hora, eu sempre acho que eu não estou preparado, que vai dar tudo errado, e que é muita felicidade pra uma pessoa só. Ainda mais pra mim que já passei por tanta coisa. E ainda passo. Simples assim. Acabo me colocando pra baixo, só por desconfiar das coisas que eu tanto venho tentando ter, conseguir, arrumar, arranjar. Acabo me colocando pra baixo pelo fato de que todas as minhas outras experiências variaram entre serem frias ou desastrosas. Nunca foi ninguém que eu realmente amei. Aquele amor de se orgulhar. E quando foi amor, não foi motivo de orgulho, e muito menos de ser amor. Foi desastre puro. Desastre atrás de desastre. Então como é que me querem ver vencer tanto empecilho se o maior empecilho está na minha lembrança? Que insiste em ir e voltar? Então, como é que querem que eu consiga me entregar pra alguém que eu realmente amo, se quem eu realmente amei foi quem mais me machucou? E quem eu menos amei foi quem me deu mais prazer? É a Lógica do Cafajeste. Não se envolver. Não se envolver vem me parecendo mais lucrativo. Lucrativo e genial. Mas o que eu posso fazer, se eu sempre acabo pendendo pro meu lado romântico e acabo achando que amar sempre vai ser melhor? Nada. Só posso ir seguindo sem parar, afinal temos que seguir em frente porque atrás sempre vem gente. Só posso ir tentando um equilíbrio. Tentando um meio-termo. Tentando simplesmente tentar. E tentando viver sem problemas. Coisa que eu mais fiz nos últimos tempos. Acho que já estou quase conseguindo. Mas não se preocupe. Eu vou te dizer como eu consegui quando eu conseguir. Te passo a receita. E depois você tenta e me diz. Que tal? Um beijo, e até mais. Tenho que ir, tem muita vida me esperando. E a vida detesta esperar. 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amor e o Fim de Semana na Praia.

Queria conseguir definir o amor. Mas me parece impossível, já não sei mais quantas vezes escrevi e apaguei o inicio desse texto. Mais de uma vez parei pra pesar as coisas boas e as ruins. As vantagens, lucros e prejuízos. Amor é coisa incontável. É coisa conotativa que guia muitas vidas. – como a minha. Que tal? – O amor é muito mais do que aquilo que aparece nas novelas. Amor tem várias faces. E acho que o mais comum todo mundo já experimentou. Amar sem ser amado. E ainda assim continuar amando.  Eu mesmo já passei por isso, mas acho que tanta coisa aconteceu que eu levei um choque de realidade e acordei daquela historinha de que iríamos ser felizes juntos, e que quando eu a encontrasse seria perfeito. Beijaríamos-nos, nos amaríamos e ficaríamos juntos por todo um pra sempre que certamente não duraria. Nunca dura. Simplesmente pelo fato de ser uma coisa criada pela minha mente, pela minha vontade e principalmente pelo meu coração. Esse final de semana, eu fui pra praia com a família. Uma baderna só. Uma confusão, muita risada, Pepsi , churrasco e mar. E chororô. Chororô da prima que escutou dizer que o ex tinha vindo tentar encontrar com ela num sábado de sol. E outra prima reclamando do namorado que não dá atenção, que só sabe de querer sair com a moto de cross, e no final das contas, ele sai com as costas sangrando da unha dela, e ela acaba chorando pela briga que ela mesma comprou. Quando eu digo que não dá pra dizer que o amor é uma coisa só. É impossível definir o amor como uma coisa para fortes, fracos, loiros, morenos, magros, gordos, altos ou baixos. Amor é amor. E pronto. Amor não dá pra definir, escolher ou fazer de forma mais assídua ou menos presente. Amor não faz o mundo parar, ou as coisas em volta deixarem de acontecer enquanto o tempo passa devagar. Agora mesmo, meus primos estão pulando e espalhando água da piscina, me enchendo o saco pra saber sobre, pra que, por que eu tô escrevendo isso e tomando Pepsi de novo. É uma realidade dura. Amor é inexplicável. Amor é definido por uma palavra: Amor.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Batman Begins e suas liçoes.

Não é que seja daquelas paixões avassaladoras que destruiam minha estrutura um monte a cada dia, é mais leve, é mais solto, é mais real e palpavel. Não é aquela histórinha de o amor que eu sempre sonhei, com aquela menina da escola que um dia eu já odiei. Não é. E não chega a ser chato, e nem chega a ficar cansativo falar de tantas formas iguais da mesma coisa que não vai me levar muito além. Não é daqueles amores que me fazem deixar mil textos com mil palavras repetidas, com mil frases imensas, que vão dizer sempre o quanto eu me magoei, o quanto eu sou idiota e quanto eu sou fraco por não conseguir parar de amar alguem assim. Na verdade, é completamente diferente. Mas ainda assim me faz deixar mil pedaços de sentimentos por aí. Mil partes minusculas de tudo aquilo que eu disse, ou deixei de dizer, ou aquilo que te fez sorrir ou me fez abrir aquele sorriso depois de um daqueles meus abraços de urso que esmagam qualquer garota do seu tamanho, ou deixam mais brancas que Maria Teresa até as mais coradas. Pra quem não sabe, Maria Teresa é a fofa branquelinha da oitava série. Na verdade, a partir do dia sete, primeiro ano do ensino médio. Mas náo é da Loira que eu vou falar. Na verdade, nem sei do que vou falar, ou como vou falar que não sei mais o que dizer. É que eu fiquei meio encucado (nem sei se essa palavra existe, mas minha avó fala, entao existe), é que eu fiquei encucado com umas coisas. Com algumas frases, com alguns pedaços dos meus sentimentos, ou até mesmo de coisas que mal consegui pensar. "Não é o que eu sou por dentro, mas o que eu faço, que determina o que eu sou." E por aqui começa a minha mania de procurar lições aplicaveis a mim nos filmes de superheroi, ou seriados que a TV brasileira nem passou ainda. E por aqui começa a minha procura, a minha busca, e a mesma tecla batendo e voltando sempre aquele tal maledito do amor. Mas é que eu sempre insisto naquelas coisas que me intrigam, me alucinam e me provocam. E infeliz, ou felizmente, o amor me atrai, me intriga, me alucina e me provoca. Simples. Como dois mais dois são sempre quatro. E oito menos cinco mais dois menos sete mais seis e mais dois tambem são iguais a oito. Ou como tudo na matématica, até os números irracionais me fazem pensar. E consequentemente me perder nos devaneios, fazendo linkagens entre pensamentos, situações, lembranças e como poderia ter sido se eu não estivesse a fim da menina mais popular da sala na quinta série. Eu sou meio enrolado, e acabo me enrolando na hora de pensar, de escrever e de agir. Acho que herdei isso dos meus pais, mas que comigo a potência aumentou um trilhão de vezes. E não adianta eu vir dizer que amo no final do texto que passou por tudo, falou de tudo, do filme do Batman até a matemática, mas não falou dos olhos verdes de lente de contato que são verdadeiros e que ficam martelando na lembrança. Mas mesmo assim, com toda leveza, rubor e sinceridade, eu vou dizer que te amo. E que vou ficar aqui, mesmo se tudo acabar. Por enquanto ainda é o meu lugar.
Uanderson Lima

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"But I never told you, when I should have say..."

Mas eu nunca te disse como eu me senti quando a gente se encontrou aquele dia. Eu nunca te disse que eu fiquei com frio na barriga enquanto suava frio, e descia todo o meu guarda-roupa procurando a camiseta certa que melhorasse a minha cara nervosa. Mas quando eu vi aqueles olhos verdes de lente de contato eu fiquei sem ação. Tinha planejado te dizer tanta coisa, fazer tanta coisa, tirar fotos, e guardá-las para mostrar aos meus filhos a pessoa maravilhosa que eu conheci na adolescência e que eu quis levar pra vida toda. Eu nunca te disse, que seu sorriso pequeno me encantou, e que aquele nosso papo idiota estava quebrando toda a minha timidez de quinta série que volta pra me atazanar em horas como essa. Eu nunca cheguei a mencionar como você foi fofa, e como eu odiei demorar tanto pra chegar onde você estava. Eu nunca disse que meus amigos te conhecem bastante, de tanto que eu falo de você. E de como eles acham que a gente combina. E de como eu pareço mais idiota, mais abestalhado, mais infantil quando falo no teu nome. E como toda brincadeira tem que ser assim. Eu nunca te disse tanta coisa. Coisas que deveria ter dito, e que hoje poderiam fazer a diferença. Eu nunca te disse o quanto você mexia aqui dentro, mas acho que agora você deveria saber. Mesmo que não faça diferença e que não aconteça nada depois que eu te contar. Eu nunca te disse que eu te amo. Eu nunca disse que eu fiquei me odiando aquele dia por ter deixado de dizer três palavras.
Uanderson Lima -

sábado, 8 de janeiro de 2011

O verde do mar.

Passei a manhã olhando o mar.
 Por tanto tempo que cheguei a ve-lo depois de fechar os olhos.
 Olhos verdes que ela dizia ser lente.
 De tão bonitos e tão únicos. 
 Mas acho que mais únicos que os dela impossível.
 Um verde tão sincero que me chama a atenção sem ser fluorescente, 
um verde que chega a lembrar o verde-azuladodo mar. 
Insignificante, e tão cheio de significados, mar.
 Mar da minha praia, da minha sereia. 
E cá começo eu a falar essas minhas pieguices cafonas.
 Meu romantismo barato quase que completamente Clichê.
 Clichê como aquele Romeu e Julieta. Julieta.
 Como é que Shakespeare a chamava mesmo? 
De pequena inocente? Não sei.
E muito menos se em algum momento ele deixa claro que esse amor é real,
 ou não. Algumas horas acho que não há romantismo algum nessa história de
 morte por amor. Mas em outras me parece tão possível e tão cheio de 
expectativas frustradas de uma coisa que poderia ser e não foi.
 Mania tão grande do meu coração iludido, fudido...
Meu coração que volta e meia acha que está apaixonado,
 que aquela era a menina certa. 
E que se acabasse eu não sofreria tanto. 
Mas sofro, e não é pouco. Sofro por acreditar que vai ser diferente,
 por ter esperança. Aquela última a morrer. 
A que obedeceu Zeus e não saiu da caixa de Pandora.
 Acho que sou a nova caixa de Pandora, cheio de privações e provas.
 Cheio de horizonte e mar. Cheio dessa praia semideserta. 
Cheio de pensamentos naquela menina. Naquela sereia.  
 Uanderson Lima.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Maldito. Bendito. Amor.

   Já escrevi e apaguei isso aqui mais de três vezes. Talvez quatro. Cinco. Seis. Por não saber o que escrever. Por não saber mais dizer nessa pagina branca de Word o que eu to sentindo. Talvez por não estar sentindo. Só pensando. Com todos os meus pensamentos, com Renato Russo cantando Eduardo e Mônica na minha mente, e minha mãe falando sobre os remédios pra levar pra viagem. E toda a correria de arrumar as malas, e dormir cedo. Mas que belo dormir cedo, acordo às cinco, e uma hora dessas ainda estou escrevendo. Ainda estou pensando em como vou terminar esse texto sem ouvir meu pai me mandar ir dormir porque a viagem é longa e eu preciso me descansar.   E vou descansar, depois que deixar uma ligação não atendida no celular da minha menina, de dizer tchau ao meu amigo, e acordar meu primo logo depois que ele dormiu. Bom, eu precisaria de tempo. Maldito tempo, com suas malditas regras, sem nenhuma bendita exceção. Precisaria de tempo para escrever melhor, toda essa baboseira de que eu preciso de coisas melhores pra mim agora. O ano acabou de começar. E que comece bem, e termine bem. Com todas as suas regrinhas bem cumpridas. Bem feitas. Queria dizer que o amor vem me consumindo, que as minhas palavras voam pela mente e eu preciso me livrar delas. Mas não, to me controlando, amargamente, duramente. Pra não dizer que eu amo aquela menina. Na verdade, eu sei que amo mas não quero assumir. Mesmo que tenha assumido pra ela, pros meus amigos, e talvez até pros meus pais. Não, pro meu pai não. Mas acho que minha mãe sabe. Na verdade, ela sempre sabe. Ela sempre ouve. E por mais que eu odeie assumir, ela sempre vai me ouvir, me entender e saber o que é melhor pra mim. E acho que falar de mãe não é tão diferente do que falar do meu amor por aquela menina. Menina tão doce, tão cheia de sutilezas e que me encanta tanto. Mas eu ainda amo a minha mãe, e acho que nunca vou deixar de amar. Talvez, seja por ela que eu seja como sou. Na verdade, é por causa dela. Ela que me ensinou a andar, falar, e até mesmo a escrever. Dom que eu acho que herdei dela. Na verdade, nem sei se é dom. Mas eu gosto de escrever, e escrevo pela vida. Pela minha vida. Não pra salvá-la. Mas simplesmente pra poder viver. Então tenho duas considerações finais à esse meu texto de merda. À minha mãe, minha linda mãe, acho que tô puxando muito o saco dela, mas tudo bem. E à minha menina, com seu sorriso, sua voz e seu numero de telefone pra qual eu mando tantas mensagens. Todas as mensagens. "Boa noite amor, sonhe comigo, e bom, a reciproca será verdadeira. Afinal, eu te amo." E depois venho dizer que não amo. Ah, mas amo. Mesmo que não queira. Mesmo que negue. É tanto amor que não dá nem pra desfarçar. Maldito Amor. Bendito Amor. E quem me ensinou a amar foi minha mãe. O meu primeiro amor pra vida toda. E que eu sei que nunca vai me abandonar. Mãe, jogo toda a culpa pra voce. E toda honra tambem. Com toda a sua força e com toda a minha sutileza. 
Uanderson Lima

sábado, 1 de janeiro de 2011

Príncipe Encantado.

Eu poderia estar falando de futebol, basquete, formula 1 ou atletismo. Poderia, mas não estou. Poderia falar de sexo, de quantas meninas fiquei e com qual delas transei. Mas não. Sou tão sincero que acabo por falar dessas coisas que me passam pela mente. Dessa histórinha de Felizes-Para-Sempre e de Principe Encantado montado num cavalo branco. Essa merda não existe. Não essa parte do Para Sempre e ainda a do Principe Encantado, juntamente com a parte do cavalo branco. Quanto dinheiro a Disney já não ganhou com todas as suas princesas, vestidos, fadas madrinhas, bailes que acabam a meia noite, castelos, e principes - os malditos principes encantados - que só aparecem no final pra salvar a donzela em perigo, quando ela quase já não está mais em perigo? Quantas garotas não se deixaram envolver por isso? Uma. Mil. 485463721. Não é que eu esteja dizendo que não exista garotos romanticos que tragam flores, sejam sensiveis, cavalheiros, beijem bem e ainda lhe faça rir com piadas fofas. Afinal, um desses exemplares vos fala. Mas, aviso logo, não tenho nenhum encantamento e muito menos um cavalo branco. Nem uma limusine, ou um carro comum e muito menos uma bicicleta. Vivo de carona. E nem por isso deixo de levar flores, falar coisas bonitas e andar com meu cabelo desgrenhado só pra pirraçar. Sou garoto, falo de amor, sei muito do amor e queria que o amor não soubesse de mim. Seria tão mais fácil. Agora já foi, Entrei de cabeça nessa porra de abrir o coração, me fodi tanto, mas ainda tô aqui, pronto pra outra. Pronto pra ser o principe de alguem. Talvez realizar um sonho. Ou simplesmente parar na esquina pra fazer a garota rir. O mundo não para. O ano acabou de virar, é Primeiro de Janeiro, estou de férias e tudo pode acontecer. Viajo segunda, volto sexta, e vou ficar por aí até começarem as aulas. Minhas aulas voltam em fevereiro, dia sete Às sete. A Educação Fisica vai continuar sendo às quartas, assim como o boxe tambem vai ser, mas à noite. E vou pra academia logo depois que expulsar toda a preguiça. Sempre tô por aqui pela internet, e nunca abandono meu celular - pode me ligar como se fosse engano. Meu inglês vai ser duas vezes na semana, e eu vou continuar indo pra escola com a minha vizinha de três ruas à frente. Meio que inconsciente, vou estar esperando pela minha garota. Aquela que vou fazer feliz. Quem sabe ela venha atrás de mim, ou eu me esbarre nela. Nunca se sabe. E bom, o Flamengo precisa melhorar esse ano. Vambora, mengão! Só pra dizer que eu não falei do futebol.
(Uanderson Lima )