Passei a manhã olhando o mar. Por tanto tempo que cheguei a ve-lo depois de fechar os olhos. Olhos verdes que ela dizia ser lente. De tão bonitos e tão únicos.  Mas acho que mais únicos que os dela impossível. Um verde tão sincero que me chama a atenção sem ser fluorescente, um verde que chega a lembrar o verde-azuladodo mar. Insignificante, e tão cheio de significados, mar. Mar da minha praia, da minha sereia. E cá começo eu a falar essas minhas pieguices cafonas. Meu romantismo barato quase que completamente Clichê. Clichê como aquele Romeu e Julieta. Julieta. Como é que Shakespeare a chamava mesmo? De pequena inocente? Não sei.E muito menos se em algum momento ele deixa claro que esse amor é real, ou não. Algumas horas acho que não há romantismo algum nessa história de morte por amor. Mas em outras me parece tão possível e tão cheio de expectativas frustradas de uma coisa que poderia ser e não foi. Mania tão grande do meu coração iludido, fudido...Meu coração que volta e meia acha que está apaixonado, que aquela era a menina certa. E que se acabasse eu não sofreria tanto. Mas sofro, e não é pouco. Sofro por acreditar que vai ser diferente, por ter esperança. Aquela última a morrer. A que obedeceu Zeus e não saiu da caixa de Pandora. Acho que sou a nova caixa de Pandora, cheio de privações e provas. Cheio de horizonte e mar. Cheio dessa praia semideserta. Cheio de pensamentos naquela menina. Naquela sereia.   Uanderson Lima. 
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