sábado, 8 de janeiro de 2011

O verde do mar.

Passei a manhã olhando o mar.
 Por tanto tempo que cheguei a ve-lo depois de fechar os olhos.
 Olhos verdes que ela dizia ser lente.
 De tão bonitos e tão únicos. 
 Mas acho que mais únicos que os dela impossível.
 Um verde tão sincero que me chama a atenção sem ser fluorescente, 
um verde que chega a lembrar o verde-azuladodo mar. 
Insignificante, e tão cheio de significados, mar.
 Mar da minha praia, da minha sereia. 
E cá começo eu a falar essas minhas pieguices cafonas.
 Meu romantismo barato quase que completamente Clichê.
 Clichê como aquele Romeu e Julieta. Julieta.
 Como é que Shakespeare a chamava mesmo? 
De pequena inocente? Não sei.
E muito menos se em algum momento ele deixa claro que esse amor é real,
 ou não. Algumas horas acho que não há romantismo algum nessa história de
 morte por amor. Mas em outras me parece tão possível e tão cheio de 
expectativas frustradas de uma coisa que poderia ser e não foi.
 Mania tão grande do meu coração iludido, fudido...
Meu coração que volta e meia acha que está apaixonado,
 que aquela era a menina certa. 
E que se acabasse eu não sofreria tanto. 
Mas sofro, e não é pouco. Sofro por acreditar que vai ser diferente,
 por ter esperança. Aquela última a morrer. 
A que obedeceu Zeus e não saiu da caixa de Pandora.
 Acho que sou a nova caixa de Pandora, cheio de privações e provas.
 Cheio de horizonte e mar. Cheio dessa praia semideserta. 
Cheio de pensamentos naquela menina. Naquela sereia.  
 Uanderson Lima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário